Autoridades consideram que inquérito pode ser fechado mesmo sem o testemunho de Augusto Melo; Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, prestou depoimento nesta segunda
São Paulo - A Polícia Civil de São Paulo rejeitou o pedido da defesa de Augusto Melo, presidente do Corinthians, para adiar o depoimento marcado para quarta-feira, às 14h (de Brasília), no Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) e da terceira delegacia, especializada em casos de lavagem de dinheiro.
Assim, a oitiva com o presidente segue marcada para mesmo horário e data. De acordo com apuração do ge, caso Augusto Melo não se apresente, a investigação possui elementos suficientes para fechar o inquérito nas próximas semanas.
O delegado responsável pelo caso é Tiago Fernando Correia, com apoio de Juliano Atoji, promotor do Ministério Público de São Paulo.
A defesa de Augusto Melo, representada pelo advogado Ricardo Cury, justificava a falta de acesso total ao inquérito como impeditivo para a realização da oitiva do dirigente nesta semana.
O adiamento foi formalizado ao delegado, porém rejeitado pelas autoridades ainda nesta segunda-feira, dia do depoimento de Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do Corinthians.
Segundo apuração da reportagem, Marcelinho, como é conhecido, apresentou uma versão divergente dos fatos na comparação com o depoimento de Alex Cassundé, o intermediário do contrato.
O advogado Átila Machado, representante de Marcelo Mariano, negou qualquer envolvimento com Cassundé e disse que o cliente é inocente.
A defesa também se negou a entrar no mérito do depoimento, em virtude do sigilo do caso aplicado pela Justiça. Mariano chegou por volta das 14h (de Brasília), acompanhado do advogado e conversou por quase 3h com as autoridades.
Nesta terça-feira, a partir das 14h, será a vez de Sérgio Moura, antigo superintendente de marketing do clube, a depor.
Augusto Melo será o último a prestar depoimento, na quarta-feira. O caso VaideBet completa, em maio, um ano de investigação.