BRASILEIRO SÉRIE A

Artur Jorge celebra vitória do Botafogo sobre o Flamengo, mas ressalta: “Apenas mais um jogo”

Artur Jorge celebra vitória do Botafogo sobre o Flamengo, mas ressalta: “Apenas mais um jogo”

Treinador venceu o primeiro clássico no comando do Alvinegro

Rio de Janeiro - O Botafogo venceu o Flamengo por 2 a 0 no Maracanã em jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Luiz Henrique e Savarino foram os autores dos gols. Após vencer o primeiro clássico pelo clube, o treinador Artur Jorge fez questão de colocar os pés no chão.

- A vitória para mim é importante seja contra quem for. É um jogo a mais vencido. Para mim não tem mais do que isso. Entendo que para a torcida pode ser maior por conta da rivalidade, mas vencemos apenas mais um jogo. Temos muito a fazer em relação à evolução da equipe. Mas também daquilo que é o campeonato em que teremos outros jogos tão difíceis quanto esse.

O treinador também reclamou das condições da partida. Disputada às 11h da manhã no Nilton Santos sob um forte calor no Rio de Janeiro, mesmo no mês de abril.

- Com 23 anos, se você correr aqui por 90 minutos ficaria tão cansado quanto Damián. Não é uma questão de idade, é uma questão daquilo que é jogarmos às 11h nessas condições. Por isso, digo que para o espetáculo seria melhor jogar em outro horário.

O Botafogo volta à campo na próxima quinta-feira, às 19h, quando enfrenta o Vitória pela terceira fase da Copa do Brasil. A partida será no Estádio Nilton Santos. A volta no Barradão. Confira outras respostas do técnico:

Rivalidade com o Flamengo

- A vitória para mim é importante seja contra quem for. É um jogo a mais vencido. Para mim não tem mais do que isso. Entendo que para a torcida pode ser maior por conta da rivalidade, mas vencemos apenas mais um jogo. Temos muito a fazer em relação à evolução da equipe. Mas também daquilo que é o campeonato em que teremos outros jogos tão difíceis quanto esse.

Identidade de jogo

- A estrutura não muda nada, o que muda são as características do atleta. Porque é o que temos que fazer. Estruturalmente, temos que adaptar o jogo porque os adversários não são iguais. Mas aquilo que é a proposta do jogo é uma proposta que tem identidade nossa.

- Não é por termos feito essa sequência de vitórias que está tudo bem. Temos muito a fazer. Tem um ponto fundamental que é a vontade dos jogadores. Quando há isso, a ideia de jogo é muito mais fácil de ser consolidada.

Partida do zagueiro Bastos

- Ganhamos como equipe, e quando perdermos será como equipe. O individual é consequência do que fizermos coletivamente. É sempre assim que analiso os jogos.

Horário da partida

- Com 23 anos, se você correr aqui por 90 minutos ficaria tão cansado quanto Damián. Não é uma questão de idade, é uma questão daquilo que é jogarmos às 11h nessas condições. Por isso, digo que para o espetáculo seria melhor jogar em outro horário.

- Em relação à adaptação europeia, não acontece porque não jogamos à essa hora por lá. O que vi no vestiário foi uma equipe exausta fisicamente, porque demos tudo. O que compensa é a vitória. Temos alguns jogadores que estão de fora. Nesse momento, temos que tentar resguardar os atletas que temos. O Júnior está muito bem, cansado, mas bem.

Saúde mental

- É um dos aspectos que eu prezo muito. No Braga eu já falei sobre isso e é fundamental aqui também. É um dos aspectos que mais me preocupa em relação aos atletas. Porque nós criamos muita expectativa sobre os jogadores. Hoje temos um vírus, que são as redes sociais.

- Isso me preocupa também. Temos que trabalhar também a capacidade de comunicar com os atletas buscando essa mesma evolução. Ganhamos um jogo só. Somos candidatos a ganhar jogos. Não quero falar do que acontecerá lá na frente. Não podemos viver o passado.

- Temos tradicionalmente oito candidatos ao título. Só vai ganhar uma, sete vão ficar pelo caminho. Nesse momento, é importante ter os pés na terra. Não podemos alternar entre a euforia e a depressão porque não faz bem para a saúde mental. Temos que construir um processo que nção seja afetado por um resultado. Queremos fazer um Botafogo cada vez mais forte. Isso será consequência do trabalho.

Maracanã e Luiz Henrique

- Eu que tenho que agradecer aos jogadores, porque são eles que validam meu trabalho. Dentro do pouco tempo que temos, passa por preparar o jogo, mas também fazer com que se divirtam nos jogos. A diversão não supera o que é a obrigação e o desempenho que devemos ter.

- Precisamos ter todos ligados e preparados. Sempre digo que a chance vai aparecer para todos. A diferença vai ser quem vai aproveitar.

- Gostei muito de estar aqui, é um estádio histórico. Mas é apenas mais um jogo.

Comparação entre técnicos portugueses e brasileiros

- O bom senso me diz que não devo responder isso. Não vou entrar nessa guerra. Um dos melhores momentos que tivemos em Portugal foi com um técnico brasileiro. Não vou fazer diferença do que são uns e outros. O que falamos é de qualidade e isso independe de nacionalidade. Se não ganharmos, somos demitidos, não importa qual seja a nacionalidade.

Jogar sem centroavante

- Perdemos o Matheus e o Tiquinho, dois jogadores de posição mais 9. Só temos o Junior Santos para essa posição. Tivemos que nos adaptar. Vamos torcer que a recuperação deles seja rápida, porque vamos precisar de todos para dar resposta nessa longa temporada que temos pela frente.

Busca pelo equilíbrio

- É trabalho, é empenho dos atletas. Nós tivemos um primeiro tempo que foi mais equilibrado, mas não demos chances ao adversário. Eles tiveram amis a bola, mas sem grande trabalho para nosso goleiro. Buscamos equilíbrio de empenho e desempenho. Se tivermos de resultado, melhor ainda. É o que nos leva ao sucesso.

Troca Tchê Tchê por Eduardo

- São jogadores de características diferentes, mas que conseguem exercer a função de maneira parecida. A questão é desempenho físico. Eduardo vem de uma lesão e precisávamos de energia para ajudar a equipe. Todos os jogadores que entraram acrescentaram muito ao time do Botafogo. Falo isso porque muitos que jogam 15 minutos não se sentem tão importantes quanto os que jogam 90. E para o técnico é muito importante que todos se sintam parte.

Cara do time e Copa do Brasil

- Acho que nesta altura conseguimos ter uma ideia daquilo que pretendo para o time. Não totalmente, mas estruturalmente está bem perto disso. Falta agora acrescentar mais intensidade, mais valor ao que fazemos.

- A Copa é uma competição que levamos muito a sério. O sorteio nos colocou contra um adversário muito bom também, mas vamos nos preparar para fazer o melhor possível.

Diego Hernandez

- É uma adaptação. Perdemos um ou outro elemento, mas outros vão surgir. Diego é um elemento que acrescentou à equipe. É isso que espero de cada um quando coloco em campo.

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