COPA DO MUNDO

Pia admite demora para fazer substituições no Brasil: “Um pouco tarde”

Pia admite demora para fazer substituições no Brasil: “Um pouco tarde”

Técnica da seleção brasileira reconhece parte da responsabilidade pela eliminação precoce na Copa do Mundo, após empate com a Jamaica, e vê Marta com pouco espaço no futuro

Melbourne, Austrália - A técnica Pia Sundhague concedeu entrevista coletiva após o empate sem gols da seleção brasileira com a Jamaica, resultado que decretou a eliminação do Brasil da Copa do Mundo Feminina 2023. Ela reconheceu que as substituições no segundo tempo não deram certo.

— Essa é sempre uma pergunta que a gente se faz, quando a gente vê que não funcionou. Algumas das situações ali no segundo tempo poderiam ter sido melhores. Quando vemos o resultado, percebemos que foi um pouco tarde — afirmou a treinadora.

Quando não conseguimos furar a defesa delas, acabamos ficando estressadas. E quando a gente fica estressado, acaba ficando mais lento, sem coragem. “

— Pia Sundhague, técnica do Brasil, após a eliminação da Copa do Mundo 2023.

A técnica assumiu parte da responsabilidade pela eliminação precoce do Brasil, mas considerou que a seleção fez uma boa preparação.

— No final o resultado é minha responsabilidade, mas não minha apenas. Tem a ver como a forma como trabalhamos, a nossa preparação. Eu realmente tenho que pensar se poderia ter feito diferente. Nós fizemos uma boa preparação, bons jogos e bons treinamentos. Há uma distância enorme entre o fracasso e o sucesso.

Pia Sundhague também falou sobre a atacante Marta. A craque anunciou a sua aposentadoria da Copa do Mundo Feminina, mas não falou sobre seleção brasileira em si. A técnica deu a entender que não conta tanto com ela no próximo ciclo.

— Com a Marta não sei, acho que ela vai continuar a jogar, mas se vai ser convidada para a Seleção, temos que ver. Vai continuar difícil pra marta continuar jogando, para ser convocada para a seleção tem que ser melhor do que hoje e eu espero que tenha bastante jogadoras para eu convocar — disse.

Pia Sundhague assumiu a seleção brasileira feminina em julho de 2019. Até hoje ela comandou a equipe em 56 jogos oficiais, com 24 vitórias, 13 empates e nove derrotas.

Nós falhamos em duas coisas: na velocidade de jogo e no aproveitamento da largura do campo.”

— Pia Sundhague

Com o empate diante da Jamaica, o Brasil terminou a fase de grupos da Copa do Mundo 2023 em terceiro lugar no Grupo F, com quatro pontos, um a menos do que a seleção jamaicana, e três de distância da França.

A seleção brasileira esteve presente em todas as nove edições da Copa do Mundo Feminina. Antes de 2023, só tinha sido eliminada na fase de grupos em duas ocasiões: em 1991 e 1995. Ou seja: a última vez que isso aconteceu, antes de 2023, foi há 28 anos.

Pia Sundhage soma 57 jogos no comando da seleção brasileira, com 34 vitórias, 13 empates e 10 derrotas. São 139 gols marcados e 42 sofridos no ciclo.

A sueca comandou o Brasil no título da Copa América de 2022. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a seleção caiu nas quartas de final para o Canadá, que terminou com o ouro.

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