PLÁCIDO DE CASTRO

No Acre, goleiro muda de posição e passa a atuar como atacante no Plácido de Castro

No Acre, goleiro muda de posição e passa a atuar como atacante no Plácido de Castro

Cleverson, 30 anos, volta ao futebol profissional após duas temporadas e integra elenco do Tigre do Abunã como opção ofensiva. É a primeira vez que ele atua como jogador de linha no Acreano

Rio Branco, AC - A temporada 2024 está sendo diferente para um atleta do Plácido de Castro. Cleverson, 30 anos, que até 2022 atuava como goleiro, virou opção ofensiva no Tigre do Abunã na disputa do Campeonato Acreano.

De volta ao futebol profissional após dois anos, o jogador aceitou o convite para ajudar a equipe do interior no estadual. Inicialmente a ideia era atuar na posição que joga desde que iniciou nos gramados, mas a chegada (retorno) ao clube do experiente goleiro Máximo, 43 anos, acabou resultando na mudança de planos após conversa com a comissão técnica.

– De início o convite surgiu para atuar no gol, mas tinha o desejo de atuar na linha caso o clube conseguisse a contratação de um goleiro para jogar o estadual. Dei início à pré-temporada treinando no gol durante alguns amistosos. A comissão técnica do Plácido veio falar comigo da possibilidade de atuar na linha como atacante, como referência lá na frente. Profissionalmente é a primeira vez que jogo na linha – diz.

– Minha ida para a linha se deu por conta do Máximo ter resolvido aceitar o convite de retornar ao futebol profissional. Voltou com grande estilo sendo destaque da nossa equipe nas últimas três partidas, não só da equipe, mas do campeonato, primeiro turno sendo destaque. Então, é um líder que o nosso elenco só teve a ganhar. É um líder dentro de campo, fora, é um cara que chama responsabilidade mesmo. Então, quero ressaltar o Máximo e sua volta – destaca.

Atuar como atacante, no entanto, não é uma novidade para Cleverson. Ele conta que em competições de futsal e fut7 nunca jogou como goleiro, por isso, tem considerado a adaptação tranquila.

placidoPlácido de Castro 2024 - em pé E/D: Ismael, Máximo, Arlen, Alfredo e Jô; agachados: Layo, Mamude, Renato, Pablo, Leandro Bahia e Chico - Foto/Manoel Façanha

– Esse ano que estou tendo essa experiência de jogar na linha, mas uma adaptação normal porque desde a minha parada profissionalmente, e até quando jogava profissional, quando acabava o campeonato, sempre atuei como jogador de linha. Campeonato amador e, principalmente, futsal sempre joguei na linha como pivô. E fut7 também. Dessas duas modalidades até já joguei campeonatos nacionais representando algum time acreano – afirma o ‘ex-goleiro’, que considera melhor treinar como atleta de linha.

– Acho que como goleiro os treinos são mais exaustivos, mais repetitivos e a cobrança de aperfeiçoamento é muito maior do que como jogador de linha – explica.

Cleverson entrou em campo em dois dos três jogos do Plácido de Castro – contra Galvez e Humaitá –, no primeiro turno do Campeonato Acreano saindo do banco de reservas e ainda não balançou as redes. O Tigre do Abunã está em situação delicada no grupo B. Fora do G-3, precisa vencer o último compromisso no turno, diante do São Francisco, para garantir vaga no segundo turno.

De acordo com o atacante, que é formado em educação física e trabalha como personal trainer e vigilante fora das quatro linhas, o elenco tem se esforçado para levar o time adiante na competição mesmo diante de todas as adversidades no caminho.

– O nosso time é superação. Apesar das dificuldades que temos de treinamento, de se reunir todo mundo, praticamente 100% do nosso elenco tem seu trabalho fora o futebol. E todos trabalham durante o dia, se reúnem a noite, e a dificuldade de campo também nos atrapalha muito. E mesmo com todas as dificuldades estamos jogando de igual para igual com os times que têm um longo tempo de trabalho, que os jogadores se dedicam ao futebol. E esses dois últimos jogos mostraram que apesar das dificuldades, apesar das condições, a gente bateu de frente com times que estão há meses treinando, que têm um alto investimento – ressalta.

– Nosso grupo é um grupo de amigos, que abraçou um projeto. Ressaltar o Gessé (Gomes, atual gestor de futebol do clube), que está à frente do Plácido de Castro e está fazendo acontecer. Então, nosso grupo é um grupo de amigos, jogadores que já tinham parado, retornaram para ajudar.
— Cleverson, atacante do Plácido de Castro

Sobre o desafio na última rodada contra o São Francisco, Cleverson lembra que o Plácido de Castro depende das próprias forças para buscar a última vaga do grupo para o segundo turno e garante o elenco focado e com pensamento positivo para buscar a classificação.

– Nós temos um jogo contra o São Francisco, um jogo que vale vaga ao segundo turno, e só depende da gente conseguir um bom resultado e avançar. Então, o time está focado, está concentrado, temos uma semana aí para trabalhar e chegar dia 6, fazer um grande jogo e sair com a classificação. O Plácido de Castro sempre brigou pelas primeiras posições, sempre avançou de fase. Então, o pensamento é todo positivo. É um time que bate de frente com qualquer time que está no campeonato, apesar de todas as dificuldades. Então, o pensamento é todo positivo na classificação – conclui.

Plácido de Castro e São Francisco decidem o terceiro classificado do grupo B no dia 6 de abril, no fechamento da sexta e última rodada do primeiro turno, às 15h (do Acre), no estádio Florestão.

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